One Shot – Eu prometo.

Ela estava bem na minha frente, esperando, mas eu não conseguia falar, parecia que as palavras haviam se perdido em algum ponto na minha garganta. Toda coragem que tive para tira-la dos braços de Krum (maldito Vitor Krum) acabou, se foi na mesma rapidez em que veio. Ela tinha esse efeito em mim, não conseguia raciocinar direito quando estava em sua companhia.


Nesse baile ela estava maravilhosa, não, não só nesse baile, Hermione sempre fora linda mas vê-la ao lado de Krum revelou algo que eu não sabia se era verdade até aquele momento: Eu estava apaixonado por Hermione Granger. Naquele instante o ciúme falou mais alto. Eu a tinha puxado para o jardim do lado da festa e pretendia contar tudo para ela, tudo mesmo, e acabar logo com isso. Tê-la finalmente ao meu lado. Mas as palavras não saiam, o Rony inseguro voltara.


- Ronald Weasley! Diga alguma coisa. Vitor está me esperando. – Disse Hermione nervosa.


- Hermione...eu, er....bem... – Por Merlin, como ela ficava linda nervosa. Não, Rony, concentre-se! Essa é a sua chance, não seja idiota.


Ela se virou e estava indo em direção a porta, voltando para o baile, mas eu não a deixaria ir e, num gesto involuntário, segurei sua mão.


- Fique, por favor. – Disse num sussurro e isso pareceu ter um impacto sobre ela, pois através de sua mão, percebi que ela tremeu levemente.
Sua expressão se suavizou, ela estava disposta a ouvir.


- Fale Rony. – Falou de manheira carinhosa, esperançosa, e isso foi tudo o que eu precisei para tomar coragem. Antes que a coragem fosse embora novamente, eu a puxei pela cintura e beijei-a.


Foi maravilhoso. No começo fui capaz de sentir a surpresa de Mione, com certeza ela não esperava por isso, mas eu não aquentava mais esperar. O beijo começou suave, doce, delicado, depois se acelerou, era quase desesperado, todo o meu sentimento reprimido finalmente fora libertado e Hermione correspondia à mesma atração que eu sentia por ela.


Estávamos tão envolvidos, tão apaixonados....


- Rony! Rony, acorda! – Disse Harry me sacudindo. – Levante-se logo, temos aula de Herbologia daqui a quinze minutos. É melhor se apresar.


Eu acordei meio zonzo, tudo não passara de um sonho. Noite passada ela fora do Krum e eu nunca me perdoaria por ter deixado isso acontecer. Um dia, eu prometo, terei seus lábios nos meus, suas mãos nas minhas, mas ela sempre terá uma coisa que ninguém nunca teve antes: meu coração.